Archive for agosto, 2011

agosto 24, 2011

selfie Blue Jean

 

60x90cm 1/3

agosto 24, 2011

selfie blue jean #2

 

90x60cm 1/3

Se eu tivesse que escolher uma palavra para descrever meu tempo seria Blue Jean. Eles perdem a cor e ficam belos quando se acabam,  destruidos.  Calça nova, azul fechado. Calça velha é o meu diário.

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agosto 19, 2011

Minissaia

A fotografia é revelada. Essa, das pernas da Luzia, levou mais de 20 anos para revelar..  e ganhar o espaço dela. Fiz a foto em  casa,  ví as sombras nas pernas e o instinto me dizia que era uma boa foto. Depois,  os contatos confirmaram a intuiçao. Ampliei em 24 x 30cm e não sabia o que fazer com a imagem.  Ela andava numa pasta. Quando montei um site de fotografo, inclui as pernas, porque gostava.. e mesmo assim ela não pertencia. Anos depois, enviei a foto para um projeto de parceria entre a Escola De Artes Visuais do Parque Lage e o Cantão. Daí a imagem foi estampada numa camiseta… Logo depois ampliei em um metro de altura. A ampliação definitiva criou um totem, foi para a galeria de arte.  A camiseta é um objeto surrealista em que um par de pernas veste o tronco. O surrealismo me ensinou muito a lidar com a fotografia. Essa imagem pertence a ele.

agosto 19, 2011

Blue

40×60 ampliação fotografica 1/3

agosto 19, 2011

linha vermelha

60x90cm 1/3

agosto 19, 2011

Sombra de árvore no Rio de Janeiro.

Uma semana depois de fotografar a cadeira em Los Angeles, eu estava de volta no Rio de Janeiro e fotografei essa sombra no terraço do apartamento. Queria demonstrar uma equivalencia que ocorre no olhar e une asuntos e tempos dispares. Não acredito muito em planos e cerebralismos no meu processo de trabalho e logo abandonei esse tipo de procedimento. Se eu fosse inteligente mesmo, trabalhava na cura de doenças e para erradicar a pobreza, algo assim. Sou apenas um cara teimoso, desajustado que gosta de mostrar imagens aos outros.

 

agosto 19, 2011

cadeira em Los Angeles

Essa foto é uma citação a fotografia americana dos anos 70. Estava em Los Angeles e toda a formação que  tive, olhando o trabalho de Lee Friedlander,  Robert Adams,[2] Lewis Baltz,[3]  Frank GohlkeStephen Shore[4.. , apareceu quando olhei essa cadeira. Apertei o botão.. clac.

agosto 19, 2011

Janela americana

 

90×130 1/2

Los Angeles. Estava hospedado em uma casa, dormia na sala. Adorei Los Angeles.. me sentia perto das estorias de detetive de Raymond Chandler.. é uma cidade de casas, de espaço e luz. Muita luz. Eu acordava diante de uma janela. A casa era silenciosa. Uma janela americana.

agosto 18, 2011

Dark

90x60cm 1/3

agosto 18, 2011

Cabelos no canavial

Paula Toller. Fotografamos num canavial em Pernambuco. Eu procurava uma imagem para a capa do disco. Acabou saindo, de uma foto dos tres. Gosto mais dessa… do primeiro plano desfocado, os cabelos e as folhas que se equivalem, unss pra cima, outros pra baixo; gosto das fotos por esses motivos, pelas razões mais peculiares.

agosto 18, 2011

A cia dee Dança Deborah Colker valoriza a precisão. Essa foto captura isso.  Eles nem usam  muito esa foto. Na verdade , um corte que eu dei.. mas é das que eu mais gosto da companhia de Dança.

agosto 18, 2011

Samba..

Escola de samba é chato porque é folclore mas tb é um Extase! A bateria, as mulheres sambando. Tudo muito intenso, sexual. Essa imagem é de um ensaio da Viradouro, em NIteroi. Fotografei o carnaval inteiro, dos ensaios ao desfile, para o “patrono” da escola. Fiz um album.

agosto 18, 2011

Cavalo

Amo essa foto. Bicho lindissimo…

agosto 18, 2011

Janela

Janelas são alegorias da fotografia: um recorte na paisagem. Produzem distanciamento e são ponto de observação. Fotografo muitas janelas, por amor a fotografia.

agosto 18, 2011

Maria Padilha e Rosane Goffman

 

agosto 18, 2011

selfie T-shirt

T shirt.

agosto 18, 2011

Tim Maia

Essa foi uma das sessões mais excentricas de foto que eu fiz.. Fui fotografar o Tim na sua casa no recreio dos Bandeirantes. Era uma casa simples, ele estava só e tímido. Eu, com meu assistente Robson, emocionado porque  era muito fã do Tim Maia. Fotografamos, o Tim , timido a beça. Aí ele pediu para a gente parar um pouco porque ele tava com fome. Fritou um monte de hamburguer. Comemos e continuamos a fotografar. Depois dirigi de volta a Zona Sul, deixando-o sozinho naquela casa no Recreio dos Bandierantes.  Vida louca.

agosto 18, 2011

Zé Ramalho

Fiz essa foto para a capa do Zé Ramalho a pedido do meu amigo Luis Fernando Borges. Gosto muito da musica do Zé Ramalho..

agosto 18, 2011

selfie cobertor

90x60cm 1/3  As coisas não precisam de voce

 

agosto 18, 2011

As imagens apareceram em sonho.

O sonho foi importantissimo para os surrealistas. A fotografia é a concretizaçao das imagens, do  sonho, registradas com um aparelho. Vivemos no mundo impulsionado pelo sonho.

Daniela Vidal, dormindo.

agosto 18, 2011

New wave

Fiz essa foto numa tarde de piscina, no apartamento dos pais da Rosa Amelia.. Quando penso em anos 80, em New Wave, a ruptura fundamental mesmo, foi cortar curto o cabelo, nos lados e atrás e deixar o topete. O maior possivel. Lembro que trabalhava num restaurante, no caixa em Copacabana. Acordava as seis da manhã para comprar os legumes. As tardes eram um tédio.. ao lado do restaurante, tinha um  barbeiro. Larguei o caixa 15 minutos e pedi ao barbeiro: curto atrás e do lado. Ele nunca tinha cortado daquele jeito. Fui instruindo o que fazer. Quando levantei da cadeira, os anos 70 ficaram para trás… Claudinho é o rapaz pensativo. Alvin L dá sua pinta de Rayban wayfarer, desfocado. Alvin hj é o letrista do Capital Inicial.

agosto 18, 2011

Marco Veloso

Marco Veloso é um dos meus melhores amigos. Durante um  bom tempo, fotografei suas series de desenho a carvão. Ele é inteligente, muito estudioso e muito do que penso foi determinado em nossas conversas.

Em julho desse ano, Marco expôs na Galeria Annita Schwarcz; em uma das salas da galeria era exibido um video com uma entrevista dele. Marco falava em frente a uma de suas séries. Os desenhos que vira no primeiro andar da galeria, quando apareciam em video, numa tela pequena, removidos, distantes.. ganhavam uma importancia enorme. A imagem aplica um carisma imediato sobre tudo que ela representa. A fotografia aumenta o carisma do mundo todo.  Tive uma epifania, compreendi o óbvio.

agosto 4, 2011

Pedro e Deborah

Essa foto fez parte da divulgação de uma peça do Hamilton Vaz Pereira.. Ela Odeia Mel. Acho que é essa peça.

Gosto muito dessa imagem. Acho que os casais são assim, muitas vezes; cada um olhando em uma direção, belos, dramaticos e insatisfeitos.

agosto 4, 2011

Alice Asseff

Brasileiros nascem de tantas etnias e o rosto de Alice tem traços exoticos, lindos, resultado dessa mistura benfazeja.

Foto tirada em estudio com luz do sol.

agosto 4, 2011

Toby

Toby

agosto 3, 2011

Daniel Senise

Foto inventada na hora, saiu por acaso, no atelier do Daniel.. Eu gosto muito do cachorro e a banana qe parecem ser simbolos nas maos dele, com um santo e seus simbolos e no entanto não simbolizam nada.

Essa foto foi encomendada pela revista AZ. é um tipo de revista que n˜øa existe mais.. essa leveza, despretensão, futilidade.. isso não existe mais nas revistas. Aliás, revista.. melhor ler um livro né?

Foto pertencente a coleção do MAM SP.

agosto 3, 2011

Caetano Veloso

Escaneei do contato.. daí estar tão pequena.  Fotografei em casa. Pedí a Paula Lavigne para segurar o rosto dele. Acho o gesto perfeito para o retrato do Caetano. O fato de ser ela.. perfeito. Essa foto pertence a coleção do MAM SP.

agosto 3, 2011

Mariana Mordente

Adoro essa foto. Mariana é uma atriz jovem, inteligente a beça e claro, tem um senso de humor. Fiz essa foto durante uma sessão para um book dela.. e improvisamos essa foto. Nunca soube o que fazer com ela porque no book, o rosto da Mariana nem aparece. Mas agora eu descobri o lugar dela.. uma das minhas fotos favoritas.

agosto 2, 2011

Peter Boos

Peter é ator. Muito bom. Me encomendou uma serie de fotos para seu book. Gosto muito de fotografar assim, para as pessoas, para seus books, composites.. As primeiras fotos que eu fiz encomendadas, foram para um casal de namorados. O casal mais bonito da escola. Era uma encomenda secreta, romantica. Tinhamos 14 anos. As fotos ficaram ótimas… Acho que foi a encomenda mais espetacular que já recebi.  Não sei se essas fotos existem. Meus primeiros negativos, o cupim devorou.

agosto 2, 2011

Ed Motta

materia de moda; jeans e rockers. Algo assim.. marquei com o Ed na rua. Eu gosto de fotografar na rua.. as pessoas andando na rua. Teve um momento que eu decidi que não faria mais fotos de estudio, que n˜øa queria ser um iluminador, que nõa queria a assepssia do estudio. Eu voltei a pensar em Cartier Bresson ao mesmo tempo via o trabalho de Brice Weber e Herb Rotts, feitos com luz natural. Levei  a camera 6×7 para a rua e fotografava sem saber o que aconteceria, sem planejar previamente que imagens eu faria. Preto e branco.. eu mesmo revelava. Revelar fotografia com aqueles liquidos, no escuro, agitando os tanques de metal, vendo a foto aparecer na banheira com revelador.. é uma terapia.

agosto 2, 2011

Beth Goulart

Sessão de fotos para a revista Playboy. Eu recebia essas encomendas e não tinha a menor ideia do que faria.. A unica ideia que eu tinha é que não queria fazer mais um close em estudio. Eu gostava de fazer imagens que fosem fragmentos de estorias que havia lido em livros, visto em filmes mas tambem nõa queria preparar cenarios para ideias preconcebidas.. essas levavam a imagens engessadas, cafonas, fracas de enrgia. Aprendi logo que na fotografia é preciso estar atento a imagens que aparecem na hora… o encontro entre o fotografo e o fotografado, a situação, o lugar.. eu fotografava muito em locações ou na minha casa. Ficava observando a casa e pensando.. esse fichario me lembrava os escritorios de detetives descritos nos romances policiais de Raymond Chandler. Quando aparece a Beth lá em casa para fotografar, eu fico pensando o que vou fazer enquanto ela se maqueia. Daí entrego o revolver de brinquedo que estava na estante e sugiro ficar atrás do fichario. Ela, boa atriz,  interpreta.  Cenas compostas na hora, como uma brincadeira de criança.  A imaginação em campo livre, sem planejamento rigido. As vezes as ideias iniciais não funcionavam e eu propunha logo outra coisa. Usava luz do sol porque eu não perdia tempo iluminando.. eu quero dirigir os atores. Fotografo rapido. A sessão tem sempre o risco de não dar certo, das ideias não funcionarem. Angustia e diversão. NO pain, no gain.

agosto 2, 2011

Sonata de Outono

Sonata de Outono; texto do Ingmar Bergman, direção do Aderbal Jr. Aderbal teve a ideia de fotografar nos camarins do Teatro Municipal do RJ. Eu adoro fotografar em locação com historia… historia de atores então, é o maximo. Lugar de gente que compõe máscaras. É natural encontrar imagens boas em lugares assim.  Elas estao ali, esperando…

Bergman tem tudo a ver com close up de atrizes, mulheres fragmentadas e  homens desfocados. Dizem que esses closes que o Bergman usava, ele pegou do cinema do Dreyer.

Marieta e Andreia sõa empreendedoras, arriscam tudo para fazer teatro. Conviver com gente pensando e agindo assim nos dá uma ideia de grandeza no trabalho..

agosto 1, 2011

Intrepida

Essa foi feita ao acaso, nõa foi planejada. Os acrobatas olhavam o mar.

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agosto 1, 2011

Intrepida

 

Beth na estafa, a corda de acrobacia. Gosto do contaste entre o vestido delicado e a corda, a posiçnao brutal em que ela está. Esse vestido é da Maria Bonita, delicadissimo.

agosto 1, 2011

Intrepida

Acrobatas  tomam a paisagem. A pedra da Gavea, vista do Arpoador, por tras dos acrobatas parece um telão.  Efeito das roupas super brilhantes que imprimem um diafragma acima da paisagem.

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agosto 1, 2011

Intrepida

Levei a Intrepida para a praia.. pensei que poderia ficar ainda mais surrealista.  ManRay, Brasssai, Cartier Bresson.. eles eram surrealistas e sabiam que a imagem deveria ser uma segunda realidade. Quando ví a Intrepida sabia que tinha encontrado um assunto perfeito para imagens. A intrepida “pertencia” ao Gringo Cardia e chamei ele para fazer tudo comigo. Eu fiquei tão encantado com as imagens que ampliava diversas vezes a mesma foto. Toda semana ampliava as mesmas fotos.

agosto 1, 2011

Intrepida #1- os livros.

Essa foi idéia do Gringo Cardia ; jogar os livros para o alto junto com a Beth..  Gringo é muito influenciado pelas colagens do John Heartfield, dadaista.  Do jeito que fotografamos a Intrepida, as colagens passaram a acontecer na frente da camera.

90x130cm. Jato de Tinta sobre papel de algodão. 2/3. Coleção Eleny Neera Eksterman.